sábado, 13 de setembro de 2008

Sem Nome

"O mundo parece que se esqueceu das atrocidades do governo chinês contra o seu povo. Este vídeo feito por jornalistas ingleses retrata a política de natalidade chinesa, em que milhares de crianças são abandonadas ou mesmo assassinadas pelo regime comunista. O povo chinês não vale mais do que o gado. Enquanto isso, o ocidente se deslumbra com as Olímpiadas. . ."

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Quarta qualquer

Acordei tão cedo pra quem foi dormir tão tarde. Na extensa calçada, parei em frente a banca para ler um anúncio irrisório, quando um velhinho qualquer esbarrou em mim e achou aquilo suficientemente irrelevante para não se dar ao trabalho de se desculpar. Senti um calafrio na espinha e lembrei que "os canalhas também envelhecem", ou sei lá, talvez ele só não estivesse em um bom dia. Pena que meu humor é tão mais instável pela manhã. Assim que ligo meu Ipod..." I would give you everything I own..." Esboço um sorriso e penso que isso é a cara do meu pai. Ainda bem que meu humor é tão instável. A partir daí já estou feliz e faço o caminho de casa para a faculdade me sentindo dona da rua e ignorando todos aqueles cocozinhos de cachorrinhos de madame pelo caminho. Na primeira aula é impossível não sentir interesse, na segunda é impossível não sentir sono. Penso na louça me esperando em casa para ser lavada e me pergunto pela quinquagésima vez porque ainda não contratei uma diarista. Lembro que é porque QUERO economizar, e isso me lembra que QUERO trabalhar, mas que eu também não QUERO tanto assim, porque se eu realmente QUISESSE já tinha ido atrás. Combino várias coisas com as amigas, mas não dou certeza de nada, mas sempre que posso a peço. Gosto da liberdade de decidir na última hora e da comodidade de poder me preparar antes. Ué, e quem não gosta? Voltando pra casa, abro a cortina e deito desconfortavelmente no sofá, que a essa altura já está mais para cama. O silêncio daqui tem barulho de carro e crianças esperando pais na calçada. Olho pelo listrado das grades da janela e as nuvens se movem tão rápido. Aquela efemeridade me inspira e sinto que preciso me libertar.

Perdôo o velhinho qualquer e caio no sono.