Então eu percebi o que era um amor justificar toda uma existência. O jeito que minha avó olhava pra ele, nunca vi tanto amor na minha vida. Era como se o mundo dela coubesse todo naquela caixa de madeira. Como uma cena tão triste podia, ao mesmo tempo, ser tão linda? A verdade é que há mais beleza por trás de uma lágrima do que se pode imaginar.
Quote
Paul Rivers: How many lives do we live? How many times do we die? They say we all lose 21 grams... at the exact moment of our death. Everyone. And how much fits into 21 grams? How much is lost? When do we lose 21 grams? How much goes with them? How much is gained? How much is gained? Twenty-one grams. The weight of a stack of five nickels. The weight of a hummingbird. A chocolate bar. How much did 21 grams weigh?
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
O peso da lágrima
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27 de dezembro de 2007
Vovozinho,
Ver-te com os olhinhos fechados daquele jeito, lembrou-me das nossas tantas tardes escaldantes de domingo, depois da comidinha da Inês e da Maria ou do vatapá da vóvó, quando você, sentado, começava a dormir. E todo mundo ria, achando graça do vôvô dorminhoco. Vovozinho, sempre lhe olhei com os olhos cheios de admiração. Era tanta que eu nunca nem consegui dizer pro Senhor. Preferia ficar, apenas comtemplando aquele homem tão trabalhador e honesto que, para minha sorte, era meu avô. O mesmo do qual diversas pessoas em tantas situações casuais vieram me contar do tamanho do seu coração. Você fazia o bem para tanta gente e nem contava para ninguém. Fazia pelo simples fato de que ajudar as pessoas é certo e humano. E todos nós tendemos a esquecer isso né, vovozinho? Mas ainda bem que existem pessoas como você para nos lembrar que devemos parar de olhar apenas para os nossos próprios umbigos e ajudar o próximo. Vovozinho, vou lhe confessar uma coisa: ás vezes eu não entendia o final das suas piadas, seu sotaque de português sempre foi tão forte. Mas mesmo assim eu ria, não com um sorriso amarelo, mas com um sorriso verdadeiramente alegre, por lhe ver se divertindo, feliz. Recordo-me de uma vez em que você estava na poltrona e o gatinho subiu na sua cabeça e começou a coça-la. Que cena ridiculamente linda, hein, Senhor Agostinho Pinto? E há mais tantas outras lembranças, bem guardadas aqui comigo. Guardadas para sempre. Vovozinho, pode ir em paz. Como pai, com a ajuda da vóvó Elizalde, o Papai, o Lulu, o Marco e a Margarida, foram todos muito bem criados. Todos são pessoas íntegras e seguem por caminhos do bem. Eu, Ludmila Lages de Carvalho Pinto, sua neta, farei de tudo para seguir por esse mesmo. Como empresário, não há quem possa abrir a boca para dizer um “ai” da Pintos. Nunca sonegou impostos, ao contrário de tantos outros por aí, nojentos. E é claro, a Pintos sempre apoiando e fazendo projetos sociais. Homens como você, jamais serão esquecidos, vôvô. Lamento por muitas coisas que não pudemos e nem poderemos viver juntos. Mas minhas memórias me consolam um pouco.
Bem, nesse momento me faltam mais palavras e minha cabeça já nem funciona direito. É difícil, mas eu preciso me despedir. Vou sentir muito sua falta, vovozinho. Todos vamos. Espero que você, onde estiver, esteja bem.
Amo você, vovozinho. Impossível não fazê-lo.
Adeus.
Da sua neta,
Ludmila Pinto
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Para não perder o hábito
Como finais de ano pedem pedidos e promessas para o ano novo, aqui vão os meus:
Primeiro o pedido:
Eu peço, mas peço a mim mesma, paz de espírito. De tudo que eu não tenho, é o que me faz mais falta. Paz. Não gosto da pessoa que fui na maior parte desse ano de 2007. Um ano que já começou torto, não tinha como ser bom. Eu menti, menti tanto. Consegui mentir até pra mim mesma. E já dizia Renato Russo "que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira". Não tem aquela historinha da mentira com pernas curtas? Mais pura verdade. Éééé...e ela veio e me deu com a mão na cara. Eu me decepcionei comigo mesma e acredite, não existe sensação pior. Não existe nada pior do que a certeza de uma escolha errada; ou melhor, existe sim. A certeza de uma série de escolhas erradas. Dói. Dói fundo. E dói lá no ego. Porque admitir isso não é fácil. Mas é a primeira etapa. Porque em 2008 vai ser diferente, porque eu farei que assim o seja. Porque eu não aguento mais essa bigorna em cima da minha cabeça. Quero minha mente leve. Quero minha paz de espírito.
As promessas:
Bem, muitas das minhas promessas não fogem muito do lugar comum, mas elas são essenciais para que meu pedido se torne realidade. Prometo sempre mostrar o que eu realmente sinto, desde o começo até o fim de tudo em que eu me envolver. Prometo enfrentar minha fobia de solidão. Prometo assumir as responsibilidades das minha ações, e parar de culpar os outros pelas minhas frustrações. Prometo cuidar mais de mim. Gostar mais de mim. Prometo que eu vou ser mais eu, porque em 2007 eu cheguei perto do pior de mim. E eu não sou isso, sou melhor que isso. Bem melhor.
Quote
Alfie: What have I got? Really? Some money in my pocket, some nice threads, fancy car at my disposal, and I'm single. Yeah... unattached, free as a bird... I don't depend on nobody and nobody depends on me... My life's my own. But I don't have peace of mind. And if you don't have that, you've got nothing. So... what's the answer? That's what I keep asking myself. What's it all about? You know what I mean?
Boa viagem!
Boas Festas!
E um ano novo diferente
;)
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Chega de Angústia
"Eu poderia desejar-lhe um tradicional “Feliz Natal”, mas isso garantiria não mais do que dois dias de felicidade. Já votos protocolares de “Boas Festas” se estenderiam por apenas uma semana. Por isso, quero desejar a você algo capaz de perdurar por todo um ano: chega de angústia!
Ansiedade e angústia tornaram-se companheiros indesejados. A ansiedade representa um estado de impaciência, de inquietação, um desejo recôndito de antecipar uma decisão, de abreviar uma resposta, de aplacar expectativas.
A angústia é uma sensação de desconforto, um mal-estar físico que oprime a garganta, comprime o diafragma, acelera o pulso, e um mal-estar psíquico que aflige, agoniza, atormenta.
A ansiedade é um tempo que não chega; a angústia, um tempo que não vai embora.
Amantes que aguardam pelo encontro é ansiedade; relacionamentos desgastados que não terminam é angústia. O prenúncio do final de semana para um pai divorciado é ansiedade; a despedida dos filhos no domingo é angústia. A espera pelo resultado de um concurso é ansiedade; ter seu nome classificado em uma lista de espera é angústia. A expectativa do primeiro dia de trabalho é ansiedade; o fim do expediente que demora é angústia.
Ficamos angustiados por opção, por força de nossas próprias escolhas, por causa de coisas e pessoas. Assumimos compromissos financeiros que não podemos saldar, adquirimos bens pelos quais não podemos pagar. Tudo em busca de status. Compramos o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para mostrar a quem não gostamos uma pessoa que não somos. O ato da compra é sublime e fugaz. A obrigação decorrente é amarga e duradoura. E angustiante.
Muitas são as pessoas que nos angustiam com suas argumentações, pleitos ou mera presença. O telefone toca e ao identificar o número você hesita em atender. Uma visita é anunciada e sua vontade é simplesmente mandar dizer que não está.
De tanto cultivar a ansiedade, de tanto se permitir a angústia, colhemos a depressão. Então lançamos mão de um comprimido de Prozac e fingimos estar tudo bem.
Por isso, meu convite é para que você dê um basta em sua angústia. Demita de sua vida quem e o que não lhe faz bem. Pode ser um cliente chato ou um fornecedor desatencioso; um amigo supostamente leal, mas na verdade um interesseiro contumaz ou um amor não correspondido.
Tome iniciativas que você tem protelado. Relacione tarefas pendentes e programe datas para conclusão. Limpe gavetas, elimine arquivos desnecessários. Revise sua agenda de contatos e sua coleção de cartões de visita, rejeitando quem você nem mais conhece – e que talvez nunca tenha conhecido.
Vá ao encontro de quem você gosta para demonstrar-lhe sua afeição. Peça perdão a quem se diz magoado com você, mesmo acreditando não tê-lo feito. Ofereça flores, uma canção, um abraço e aperto de mãos. Ofereça seus ouvidos e sua atenção.
A vida é breve e parece estar cada vez mais curta porque o tempo escorre-nos pelas mãos. Compromissos inadiáveis, reuniões intermináveis, trânsito insuportável. Refeições em fast food, decisões fast track, relacionamentos fast love. Cotidiano que sufoca, reprime, deprime.
Caminhar pelas ruas, admirar a lua, contar estrelas, observar o desenho que as nuvens formam no céu. Encontrar amigos, saborear os alimentos, apreciar os filhos. Escolha ficar mais leve, viver com serenidade. Libere o peso angustiante que carrega em suas costas. Viva, não apenas se deixe viver."
Tom Coelho
Feliz Natal!
:)
Posted by Ludmila Tangerina at 5:36:00 da tarde 0 comments
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Au revoir
Quote
Mary: How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd.
Au revoir...
Posted by Ludmila Tangerina at 10:01:00 da tarde 0 comments
Coisas que eu sei
"Eu quero ficar perto de tudo o que eu acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência, meu pacto com a ciência
Meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio-relógio mostra o tempo errado... aperte o ‘Play’
Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista, não aceito turistas
Meu mundo tá fechado pra visitação
Coisas que eu sei
O medo mora perto das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa... é a minha lei
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais... depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu nem me lembro do que desenhei
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas no meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos que eu não sei usar... eu já comprei
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quando mais eu deixo mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando eu to a fim
Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes somente eu não sabia... Agora eu sei"
Não é porque a música está na novela das 8 e todas as menininhas estão botando nos seus "about me" do orkut, que ela deixa de ser boa... Muito boa :)
Agora eu seeei...
Quote
Alfie: I don't want no bird's respect - I wouldn't know what to do with it.
smile like you mean it.... tan ram ram raaaaaam...
Posted by Ludmila Tangerina at 3:01:00 da manhã 1 comments
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Definitivamente
"Dan exige a verdade, mas mostra-se ressentido quando a encontra. Alice, parece ser a única que assume e luta pelo seu compromisso, fiel ao amor que sente. [...] Como a vida, como o amor. Nem um nem outro isentos de dificuldades, de dores, de culpa. Quanto mais perto chegamos de alguém, maior a probabilidade de nos magoarmos. Mas valeria a pena viver as coisas de outro modo?"
Definitivamente:
Não.
Quote:
Dan: You love her like a dog loves its owner.
Larry: And the owner loves the dog for so doing.
Dan: You'll hurt her. You'll never forgive her.
Larry: Of course I'll forgive her. I *have* forgiven her. Without forgiveness we're savages. You're drowning.
Posted by Ludmila Tangerina at 3:46:00 da tarde 2 comments
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
A seta e o alvo
"Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?"
Posted by Ludmila Tangerina at 12:52:00 da manhã 0 comments
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Finding Neverland
Não é novidade que o que todos procuramos é felicidade. Bem, ao menos a grande maioria.
Por trás de cada gesto e vício, o que queremos, afinal, é uma boa dose serotonina. Onde estaria, então, essa fonte da Felicidade? Je ne sais pas. Sei tanto quanto entendo de francês: quase nada. Mas há algo que é de meu conhecimento...
Onde não está a felicidade.
Eu tinha a terrível mania de projetar a minha nas pessoas a minha volta. Família, namorado, amigos. Achava que era uma coisa que eles tinham que me proporcionar. Imagine só, que rei que eu tinha na barriga. Seria realmente muito bom viver enquanto as pessoas me trouxessem a Felicidade em uma bandeija. Mas não é por aí que a banda toca. Não vai ser um elogio dos meus pais, um bom casamento, ou meia dúzia de cachaçadas com meus amigos que vai me fazer uma pessoa feliz. Eu diria que seria uma vidinha boa, porém medíocre. Mas há quem seja feliz na mediocridade.
Prefiro morrer na busca,
uma vez que nem chocolate, nem mediocridade suprem minha sede por serotonina.
Quote
"Peter: Forget them, Wendy. Forget them all. Come with me where you'll never, never have to worry about grown up things again.
Wendy: Never is an awfully long time."
Posted by Ludmila Tangerina at 1:00:00 da manhã 1 comments
sábado, 8 de dezembro de 2007
E cá estou eu novamente com mais um blog, resta saber se vai passar do terceiro post (hohoho). A verdade é que me divirto tentando fazer layouts e de quebra ainda aprendo alguma coisa sobre códigos de HTML e, agora, de um tal de XML, do qual apanhei bastante. ¬¬
Beeem...
Hoje é um dia feliz porque..."Alô Papaaaai! Alô Mamãe! Põe a vitrola pra tocar. Podem soltar os foguetes que eu passei no vestibular!"
http://www.youtube.com/watch?v=kyWh7UYMUp4
:D
Posted by Ludmila Tangerina at 5:38:00 da tarde 3 comments
Labels: vestibular